O Parque Nacional do Iguaçu reúne inúmeras experiências que conquistam os visitantes. No parque é possível se aventurar pelo paladar, pelos ares, pelas águas ou mesmo pela hospedagem. A Heloísa Cestari, para a revista Viaje Mais, especializada em informações turísticas, preparou um guia completo com informações imprescindíveis para melhor aproveitar toda a estrutura do parque, que inclusive foi capa da edição. Confira:
FOZ DO IGUAÇU
Espetáculo das Cataratas coloca o parque entre as Sete Maravilhas Naturais do Mundo e faz do destino um dos mais visitados do país.
Quando Santo Dummont passou a cavalo pelo oeste do Paraná, em 1916, ficou extasiado com as quedas do Rio Iguaçu – um conjunto de 275 cachoeiras, algumas com mais de 80 metros de altura, em forma de ferradura, com cerca de 3km de extensão. O fascínio foi tamanho que ele logo iniciou uma campanha para dar um jeito de transformar todo aquele patrimônio natural em uma reserva protegida pelo Estado. Afinal, aquele espetáculo da natureza não deveria ficar restrito à contemplação de um único proprietário – no caso, o uruguaio Jesus Val. Deu certo. Hoje alçado ao título de uma das Sete Maravilhas Naturais do planeta, as Cataratas do Iguaçu dentro do Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira do Brasil com Argentina, é, de longe, o mais frequentado e com melhor infraestrutura turística do país.
COMO VISITAR
O Parque Nacional do Iguaçu abre de terça-feira a domingo, das 9h às 16h. Atualmente, para evitar o contágio de Covid-19, os ingressos são vendidos exclusivamente on-line pelo site com horário agendado. O preço para brasileiros é de R$ 50,00, sendo que crianças de até 11 anos e idosos acima de 60 anos pagam R$ 14,00,
COMBATE À COVID
Desde o início da pandemia de Covid-19, a administração do parque tem dado um show de responsabilidade. O fluxo turístico, claro, diminuiu, e a reserva permaneceu fechada por dois períodos que, juntos, totalizaram cerca de quatro meses. Mas a adoção de uma série de medidas de biossegurança foi, aos poucos, reconquistando a confiança dos viajantes. O resultado foi a considerável marca de 658 mil visitantes em 2020.
Só em 2019 a unidade recebeu mais de 2 milhões de pessoas, todas com vontade de ver de perto a força e a beleza das Cataratas, que há tempos fazem da cidade de Foz do Iguaçu um dos destinos brasileiros mais visitados por estrangeiros.
Sob concessão privada desde 1999, o parque oferece ônibus de dois andares que transportam os visitantes pelas vias impecavelmente asfaltadas, tem um restaurante de excelente qualidade – o Porto Canoas – e dispõe de 1,2 km de passarelas e mirantes que funcionam como camarotes para o belíssimo show das águas. Para completar, abriga um hotel de luxo, o Belmond Hotel das Cataratas, que proporciona uma série de experiências exclusivas aos seus hóspedes, como o privilégio de contemplar as quedas-d’água fora do horário de visitação.
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TOQUES DE EXCLUSIVIDADE
Passeios privativos para casais ou grupos pequenos, aliás, já eram tendência em Foz do Iguaçu muito antes da pandemia. Quem deseja contemplar as Cataratas do alto, pode recorrer a voos de helicóptero. Há passeios que sobrevoam as quedas-d’água em 10 minutos e outros em meia hora, incluindo a Usina de Itaipu e as Três Fronteiras.
BANHO DE NATUREZA
Nenhuma atividade é tão imprescindível, porém, quanto o Macuco Safari, que leva o visitante ao encontro das quedas d’água para tomar banho de cachoeira dentro de um bote motorizado. Mesmo no frio, molhar-se é inevitável (a não ser que se opte pelo barco fechado, com paredes de vidro). Por isso, recomenda-se levar toalha, chinelo e uma muda de roupas, que deverão ficar em um armário no vestiário.
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O passeio é operado dentro do parque nacional e divide-se em três etapas. Na primeira, os visitantes adentram a floresta a bordo de um veículo elétrico, acompanhados de um guia que fala sobre a fauna, a flora e várias curiosidades locais. Já a segunda etapa (opcional) consiste em percorrer uma trilha de 600 metros para contemplar o Salto Macuco. Depois, vem o gran finale: é hora de entrar no barco para se aventurar nas águas do Rio Iguaçu e contemplar as quedas-d’água sob outra perspectiva. Com coletes salva-vidas – e a recomendação expressa de não usar apito para evitar o contágio de Covid-19 –, os visitantes são levados contra a correnteza para lavar a alma e tudo mais sob uma das cascatas, em um banho gelado e cheio de adrenalina. Embora preferisse se aventurar pelos céus, até o nosso pai da aviação, Santos Dummont, concordaria: experiência mais imersiva que essa, impossível.