No Dia dos Povos Originários, conheça a obra artística Yvyra Tekoha, disponível no Centro de Visitantes.
A exposição celebra a conservação da vida com elementos inspirados na cultura guarani.

No dia 19 de abril é comemorado o Dia dos Povos Indígenas. É uma data que celebra a força, a sabedoria ancestral e a riqueza cultural dos povos indígenas brasileiros. Assim, mais que honrar suas histórias, suas tradições e sua contribuição essencial para a diversidade do país, também é a oportunidade para reforçar o combate ao preconceito e reafirmar o respeito aos direitos seus direitos.
O Parque Nacional do Iguaçu, reconhecido como Patrimônio Mundial Natural, tem uma profunda conexão com o povo Avá-Guarani, que vivia nesta região havia cerca de 2.500 anos, muito antes da chegada dos colonizadores europeus.

Além de abrigar uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, as Cataratas do Iguaçu, principal cenário do atrativo, o parque tem um significado sagrado para os caingangues, que habitavam as margens do rio. Segundo uma lenda ancestral, o imponente conjunto de quedas-d’água surgiu quando o deus serpente M’Boy, e então, tomado pela fúria, cortou o rio para separar os amantes Naipi e Tarobá.

Arte como homenagem
No Centro de Visitantes do Polo Cataratas do Parque Nacional do Iguaçu, uma obra simbólica celebra essa herança: Yvyra Tekoha. “Yvyra” significa árvore, e o termo “Tekoha” representa um “lugar bom de se viver” ou “lugar onde somos o que somos”, dessa forma, relacionado à preservação da natureza e respeito à ancestralidade. A expressão em guarani significa “árvore de nossa terra, onde é gerada a vida”.

A Obra
A instalação artística é feita com troncos, raízes e folhas de embaúba, espécie de árvore pioneira da Mata Atlântica, adornados com elementos inspirados em traços e esculturas guaranis, com leques trançados junto das folhas. Logo, a obra presta homenagem à importância dessa árvore na regeneração dos ecossistemas e na sustentabilidade regional, além da ligação que ela tem com a biodiversidade, fato conhecido pelos indígenas.
A embaúba
Seu nome vem do tupi e quer dizer “pau oco”. Ela ajuda a regenerar áreas degradadas e cria um microecossistema ao seu redor. Suas folhas largas fazem sombra para as árvores menores se desenvolverem e também fertilizam o solo. A fauna também se beneficia da embaúba. Ainda, seus frutos alimentam diversos tipos de pássaros, e a espécie tem uma forte conexão com insetos, principalmente formigas. E o tronco, por sua vez, armazena água para períodos de seca.

Os povos originários, assim como a embaúba, são generosos e solidários com todas as formas de vida da floresta. Assim, eles entendem que todos são importantes para o equilíbrio no planeta. Neste 19 de abril, celebramos a vida, a conexão com a terra, bem como, a sabedoria milenar indígena.

O Parque Nacional do Iguaçu
Símbolo de resistência e conservação ambiental, o parque é um santuário natural e leva aos seus visitantes a importância da conservação dos ecossistemas, biodiversidade e diversidade de povos que com ele se envolvem e que por aqui passam.
Mais informações:
[email protected]
www.cataratasdoiguacu.com.br
(Urbia Cataratas – Parque Nacional do Iguaçu)